Consumo alimentar saudável: um alerta para todas nós
A necessidade de desenvolver trabalhos que objetivem a promoção da saúde se mostra urgente e a nutrição e a atividade física podem ser um bom começo.
Fazer escolhas alimentares saudáveis para promover o bem-estar e sustentar os sistemas orgânicos para um funcionamento ótimo durante toda a vida pode evitar parte de agravos à saúde como a obesidade, o diabetes mellitus tipo 2 e a hipertensão.
Aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal pode diminuir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e algumas neoplasias. As fibras melhoram o funcionamento intestinal, diminuem a absorção de gorduras e aumentam a sensação de saciedade, podendo assim diminuir o consumo de alimentos mais calóricos.
Além das fibras, os vegetais contêm fitoquímicos que são compostos químicos biologicamente ativos. São amplamente estudados como protetores contra o câncer e doenças cardíacas. Dentre eles destacam-se:
• Carotenóides (pigmentos amarelo, laranja e vermelho) – pode ser encontrada nos damascos, mamão papaia, batata doce, manga, morango, milho, laranja.
• Flavonoides (pigmentos azul, avermelhado e violeta) – cerejas, uvas, groselha, repolho roxo e framboesas. Essas substâncias por possuírem o fator antirradicais livres, evitam o envelhecimento celular e estão relacionados com riscos reduzidos de câncer de próstata, pulmão e estômago e menos risco de mortalidade por doença cardíaca.
A qualidade do que se come é tão importante quanto a quantidade, escolher seu alimento e saber como prepará-lo é muito importante para a saúde.
Alguns paradigmas da nutrição devem ser levados em conta em um programa de educação, como o consumo de sódio e o de lipídeos. A Organização Mundial de Saúde determina um consumo máximo de 5 gramas de sal por dia. Essa quantidade equivale a 2 gramas de sódio.
Mas o que representaria essa quantidade na prática?
Somente em um simples almoço com arroz, feijão, bife, salada, legumes cozido e suco são consumidos 1,8 gramas de sal. A necessidade de diminuir a quantidade de sal ingerida pode sim, aliada a prática de atividade física, diminuir o número de indivíduos hipertensos que são cada vez mais jovens. A ingestão controlada de alimentos enlatados (que são geralmente conservados em sal), da ingestão de frios (presunto, mortadela, salame e outros) e a retirada do saleiro da mesa pode ser um bom começo.
Alertar ao jovem bebedor de refrigerantes que nesse tipo de bebida há sódio e que o exagero pode levar a um consumo inadequado aumentando seu risco à hipertensão e se houver outros erros alimentares associar outras patologias como osteoporose e obesidade.
Para o consumo de gorduras a recomendação segundo as DRIs (2000) é de no máximo 30% das calorias ingeridas, ou seja, para uma dieta de 2000 calorias/dia temos uma ingestão de 66 gramas de gordura por dia.
O consumo exagerado de alimentos gordurosos assim como o de óleos, manteigas e margarinas pode levar o indivíduo à obesidade, aumentando também o risco de desenvolver o diabetes mellito tipo 2, a hipertensão e as dislipidemias, como o aumento do colesterol e do triglicérides.
Orientações básicas em alimentação e nutrição também podem ser desenvolvidas na educação para a saúde como:
• Se alimente em local apropriado.
• Evite fazer repetições.
• Descanse os talheres a cada garfada.
• Saboreie os alimentos.
• Faça um prato bem colorido.
• Evite frituras.
• Evite beber líquidos durante as refeições.
• Diminua o consumo de bebidas alcoólicas.
• Evite se alimentar fora de casa.
• Evite comer doces todos os dias.
• Faça atividade física regularmente.
• Aprenda a escolher os alimentos que vai consumir.
O comprometimento é a questão-chave para o sucesso. O grau de envolvimento da pessoa com as ações desenvolvidas pode sinalizar o início da qualidade de vida futura.
Dra. Maria Candida Zacharias
Nutricionista
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Informações interessantes!
Que bom que gostou, Henrieta! beijos